Não podíamos esquecer da existência dos peixes de água doce que têm como principal atributo a beleza, ou seja os peixes tidos como ¨ornamentais¨, mesmo porque eles são vistos nos aquários públicos e criadores autorizados. Assim procuramos relacionar as principais espécies nativas do Brasil para aqueles que se interessam pela preservação das mesmas.
O mercado mundial de peixes ornamentais movimentou cerca de três bilhões de dólares no ano 2000, segundo dados da FAO. A indústria agregada chega a quinze bilhões de dólares.
Nos Estados Unidos existem mais de dez milhões de residências com aquários e este país é o principal importador de peixes ornamentais, seguido pelo Japão. Os peixes deste segmento são provenientes da produção em pisciculturas e da pesca extrativa. As pressões internacionais pelo fim da pesca predatória, e o desenvolvimento da tecnologia de cultivo de diversas espécies que outrora só eram obtidas por extrativismo, impulsionam a produção em cativeiro e permitem prever que na próxima década esta se tornará a responsável por mais de 90% dos peixes comercializados.
A quase totalidade da produção nacional de peixes ornamentais em cativeiro é comercializada no mercado interno, sobretudo nas grandes cidades da região Sudeste e em algumas Capitais.
O Brasil é um tradicional exportador de peixes capturados na região Amazônica, entretanto a exportação dos peixes oriundos de cultivo é dificultada pela baixa qualidade e falta de regularidade da produção na maioria das pisciculturas. Este entrave não só impede a exportação como deixa de atender os desejos dos aquaristas brasileiros que passam a privilegiar os peixes importados.
Alguns produtores perceberam, neste quadro, uma oportunidade de negócios e estão se dedicando a produzir peixes ornamentais de forma tecnicamente correta, dando maior ênfase ao cultivo das espécies mais procuradas pelos aquaristas e não simplesmente daquelas que são de manejo mais simples ou mais prolíficas.
Estes produtores possuem características adequadas para atuação no mercado externo, mas diante da elevada demanda interna por peixes de boa qualidade, estão se dedicando ao abastecimento do mercado nacional, obtendo bons lucros e demonstrando a importância de se investir em aquisição de conhecimento.
Somos totalmente contra a extração (captura) na natureza, muito menos a manutenção em cativeiro, mesmo que na forma da lei. Conhecê-los é importante para justamente podermos observá-los na natureza.
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